Em cartaz

Acompanhe o espetáculo
do Grupo do Pulo:

De Versão Em Versão

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO ANO!

No último dia 19 de dezembro, o Grupo do Pulo apresentou a última edição de 2009 no "De Versão em Versão", mais uma vez com a parceria ímpar da Livraria Saraiva MegaStore.
Neste mês, o De Versão fez uma retrospectiva com os melhores assuntos do ano, quer dizer, para os diretamente afetados não foi tão bom assim... mas é a vida, uns ganham, outros ganham! Como é o caso do Palhaço Bigodudo do Circo Fantástico ou seria Senado Fantástico?

Melissa Scheleich trouxe com irreverência e originalidade a festa com que o dinheiro público vem sendo utilzada. "Os cofres do circo" como dizia o Palhaço Feliz pagava tudo! Pra saber mais, confira em breve nossos vídeos com as peças na íntegra!

Mas nosso ano não poderia fechar sem as presenças invasoras de nosso hermano das Honduras e muito menos de nostro companheiro da terra do Papa... alguém sabe de quais figuras estou falando? Sim! Eu sei que sabem! Podemos ser cegos, mas não somos burros... segundo o Palhaço Feliz somos palhaços mesmo!

Diga-se nossa amiga universitária de vestidinho rosa curto que não aceita outra coisa senão um convite para posar... ou seria pousar para uma revista masculina?

EU RIO PRA NÃO CHORAR! MELHOR VER O RIO CORRENTE DO QUE A ENCHENTE! ÓXENTE!

E pra fechar o ano, a Vilma, companheira do César (o mesmo da terra do Papa), deixou bem claro quem vai liderar a campanha das futuras eleições!
Feliz 2010! Feliz Copa do Mundo! Feliz Eleições! Feliz Sustentabilidade! Sustenta essa Vilma!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Ser professor & Aumento do salário do prefeito e afins...

Trabalhar com educação em tempos passados foi motivo de orgulho. Nos dias de hoje só causa tristeza, pânico e desespero (entre outras coisas, pela questão salarial). Qualquer funcionário da rede pública sabe a quanto tempo os salários estão congelados. Um exemplo ótimo: um plano de saúde que em 2006 custava R$ 163,00, hoje custa R$ 254,00. Já o salário dos professores, em todos esses anos aumentou, digamos, R$0,00. Mas o nosso tão bondoso governador, dará a alguns poucos professores o direito de fazer uma prova pra obter aumento salarial. Quem poderá fazer a prova? Não é o caso de uma professora que em 2007 fez uma cirurgia e precisou de uma licença saúde, pois o fato de ter ficado doente, fez dela uma má professora. Também não é o caso de um professor que reside longe do seu local de trabalho e tenta se remover pra uma escola mais próxima. Isso também exclui o direito dele fazer a prova, pois ele não pode querer melhor qualidade de vida.
Enquanto os educadores, que dão um duro danado pra fazer com que os jovens cresçam e aprendam, ganham um salário que não os permite nem dormir tranqüilamente, esses políticos ganham salários 10, 20, 50 até 100 vezes maiores que dos professores. Realmente é um governo justo e que prioriza as coisas certas, só não prioriza o futuro do país, afinal, pra que formar jovens capazes e estimulados se pode continuar tudo como está, com falta de pessoas capazes de entender a situação, exigir seus direitos e ameaçar o poder? Isso seria muito perigoso.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Do mar se diz terra à vista

"Terra!
Terra!
Por mais distante
O errante navegante
Quem jamais te esqueceria?..."

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Fotos e Vídeos!

Estamos disponibilizando cada vez mais material sobre os espetáculos anteriores! Em breve teremos trechos das peças no you tube!

domingo, 6 de dezembro de 2009

Peças de Dezembro

Começaram os ensaios para as peças que serão apresentadas no próximo dia 19. Rafael e atores estão a todo vapor.
Vander, precisamos agradecê-lo pelo empenho com que nos tem recebido em seu espaço. Obrigada.

sábado, 5 de dezembro de 2009

FORÇA BORTOLOTTO



Mário Bortolotto é um dos artistas que lutam para recuperar a Praça Roosevelt. As armas que empunha para defender seus ideais são a arte teatral e a música.

Ironia do destino, foi baleado justamente no local que tenta preservar.

Eram 5h50, o dia estava amanhecendo e a nossa segurança dormindo.

As notícias dão conta de que o dramaturgo tentou reagir, por isso foi baleado.

É certo que não se deve reagir à assaltos, tão certo quanto não se deve deixar assaltantes à solta, tão certo quanto não se deve permitir que cidadãos honestos fiquem a merce da violência que toma conta das cidades brasileiras.

Só nos resta torcer e rezar para que ele se recupere e para que o teatro não perca mais um dos seus.

Não devemos reagir a assaltos, devemos reagir nas urnas contra a inércia do poder.

Nadya Milano

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O LOCUTOR MAIS FAMOSO DO BRASIL

Estava a caminho do trabalho quando recebi a notícia de que uma pessoa querida havia morrido.
Era o Lombardi! O locutor mais famoso do Brasil.
Parei o carro e zapeei o dial até me certificar de que a notícia era verdadeira.
Como seria o Batman sem o Robin? Como será o Silvio sem o parceiro Lombardi?
Lombardi esteve presente em nossas vidas durante 40 anos. Avós, mães, filhas e algumas netas se lembram da voz que ajudava a embalar as tardes de domingo: "Oi Silvio", "Sim Silvio".
Minha mãe chorou a morte do Lombardi. Muitas mulheres choraram. O país perdeu uma de suas vozes mais populares.
Silvio e Lombardi brincavam, feito moleques que queriam se divertir. Queriam apenas nos divertir.
Lombardi não fazia questão de ser reconhecido, costumava dizer "que fama e anonimato andam sempre juntos". Mas ele não nasceu para o anonimato, afinal era o locutor mais famoso do Brasil. Além disso, foi uma das pessoas mais humildes e generosas que conheci. Nunca perdia a paciência, cumprimentava os colegas, pagava cafés, gravava mensagens em celulares de amigos e conhecidos e, em outubro deste ano, atendeu ao nosso pedido para gravar a abertura do espetáculo do Grupo do Pulo.
Obrigada Lombardi.
A sua voz e a sua bondade vão ecoar para sempre em nossos corações!

Nadya Milano

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Trituradores de Carne

Não é de hoje que se confundem determinados conceitos. Como guerra e liberdade. Coragem e fraqueza.

Por algum motivo, tropas pacificadoras carregam armas de fogo moderníssimas. E prenúncios de fim de guerra incluem o envio de 30 mil soldados adicionais ao cenário de conflito.

Com o perdão de Hobbes, quase se tem a impressão de que a sociedade civil constituída seja meramente um disfarce de seu estado de natureza. Um estado de natureza condicionado e dirigido.

Realpolitik?

“Cada fuzil que se fabrica, cada navio de guerra que é lançado, cada foguete disparado, significa, em última instância, que roubamos dos que têm fome e não são alimentados, dos que têm frio e não são agasalhados”. - Eisenhower

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Em cartaz
Indico a peça Jardim Inverso, em cartaz às quartas e quintas às 20h00, no teatro N.E.X.T - rua Rego Freitas 454. São três peças curtas, de autoria de Luis Eduardo, Drika Nery e Denio Maués, colegas do Centro de Dramaturgia Comtemporânea. A direção é de Paulo Faria e no elenco estão Daniel Morozetti, Lorenna Mesquita e Marcos Gomes. A temporada vai até o dia 17 de dezembro. Bom espetáculo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

A opressão que nos cerca

Nadya Milano recomendou ao Grupo do Pulo a matéria de Romário Borelli, para o jornal O Estado de S.Paulo, que escreveu sobre a trajetória de vida de um dos representantes mais significativos para o teatro brasileiro e mundial, que nos deixou neste ano de 2009, falo de Augusto Boal. Como responsável pela estruturação de um teatro onde a voz ativa partia do público, Boal apresentou de forma clara a democracia em seu formato mais justo, o do ponto de vista humano. A partir do momento em que o primeiro espect-ator ganhou voz diante da platéia, tornou-se membro representATIVO de um teatro que se tornava cada vez mais real, onde aquele que era desprovido do direito de falar, organizava em sua criação, a auto-crítica e sua posição na sociedade. Os direitos humanos expostos aos milhares desde a exploração infantil, da mulher, do trabalhador e a opressão política se tornaram foco de um teatro que se espalhou por todo o mundo em busca de mais vozes ativas.

Mas onde estaria o brilhantismo e o espetáculo da obra teatral de Augusto Boal?

A resposta me veio a partir de uma palestra, proferida pelo próprio Boal no Cine Vila Rica de Ouro Preto há alguns anos atrás. Sempre conheci aquele homem como um mito que ouvimos falar nos livros, praticamos suas propostas e percorremos sua trajetória. Quando Boal chegou com sua bengalinha e cumprimentou a platéia ansiosa de aproximadamente 500 pessoas tive a certeza que o espetacular na obra de Boal estava na dura resistência pela busca da humanidade.

Nesse sentido, voltamos a um Brasil banhado de corrupção e um mundo inconseqüente de suas responsabilidades e nos lembramos, onde está o nosso sentimento de inquietação? A humanidade grita, mas não ouvimos.


Boal Boa Boal! A Alma Boa!

Honduras Libre!

Agora que a oposição venceu as eleições em Honduras, o que vai acontecer com o Zelaya?

Continuará na nossa embaixada, de onde ele irá coordenar um contragolpe?

Ou permanecerá sob nossa guarida apenas até conseguir se encontrar? Organizar as idéias, decidir que rumo seguir (de preferência só depois do natal e do ano novo).

Virá talvez para o Brasil, montar uma ONG junto com o Battisti? O governo brasileiro certamente vai ajudar no que for preciso.

sábado, 28 de novembro de 2009

VIVO OU MORTO?

Acabo de ler que o governo está estudando uma nova maneira para que os aposentados (beneficiários do INSS) provem que estão vivos. Eles precisam provar que vivem, portanto tem direito de receber seus benefícios.
Que país é esse? Uma pessoa viva precisa provar que está viva?
O que fazem com os atestados de óbito? Reciclam os papéis?
Só agora pensaram em cruzar informações?
Temo que nossos dirigentes estejam dormindo. Temo que nós, eleitores, estejamos adormecidos.
Seria necessário um panelaço, à semelhança de nossos irmãos argentinos, para que o povo acorde e estaleça um acordo de honestidade?
Precisamos restabelecer nossa dignidade!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Tupiniquins

Na inauguração da nova oca, estavam presentes os caciques municipais, estaduais e federais; todos em traje de gala. Os caciques municipais aplaudiram o discurso dos estaduais, que aplaudiram o discurso dos federais. Tudo em plena e admirável harmonia, como se de uma só e eterna opinião se constituísse a tribo.

O representante enviado do cacique-chefe municipal foi ovacionado com louvor. Diz-se que os caciques municipais querem chegar a estaduais. O cacique-chefe estadual chegou mais tarde à comemoração e foi apajeado pelos pajés, pois quer ser federal. Dos caciques federais, diz-se, hoje em dia, que querem ser estrelas de cinema.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A Vida sem o ENEM

Chovia. Ainda assim, 120,5 mil jovens candidatos compareceram à prova da Fuvest neste domingo, tendo em mente uma nova e engenhosa fórmula matemática de bônus para esta primeira fase do mais concorrido vestibular do país. O cálculo, complexo, completamente substituiu a vantagem numérica originalmente concedida pelo Exame Nacional. Afinal, quem está bem preparado para um exame, também o está para outro, disseram os especialistas.

Enquanto isso, no País do Futebol, discute-se fervorosamente se assassinatos políticos matam menos do que aqueles cometidos por motivos comuns. Assim, ao mesmo tempo em que criminosos extraditáveis fazem greve de fome, implorando que alguém com isso se compadeça e impeça um cruel destino justo, comemoram-se as desavenças internacionais com um convite a uma partida amistosa entre israelenses e palestinos, em times mistos.

A vida, sem o ENEM, continua. De vento em popa, diriam os navegantes.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

A fraude do ENEM - sábado, 14/11 às 18:30h

No próximo dia 14, às 18:30, faremos nova apresentação na Saraiva MegaStore do Shopping Morumbi. Gratuito. Av Roque Petroni Jr, 1804.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

MAIS TRECHOS DO ESPETÁCULO "GRIPE SUÍNA"

(...)


Jornalista: (manchetes de jornais e internet projetadas atrás dele) Boa Noite! (espirra) Desculpem.
O vírus H1N1, mais conhecido como vírus da gripe suína, continua marcando presença. Nos diversos países atingidos pela doença, já foram registradas várias mortes, que aumentam a cada dia (muda projeção para Gripe Suina)
Algumas notícias acabam causando mais pânico do que esclarecimento. Como no caso “Que diabos é isso?”, que veremos agora.



(...)

Cleto – Perguntei cadê Lindalva diacho?
Jocimário – (espriguiçando-se) Como é?
Maria Rosa – Mais que diacho de inquetamento é esse homem? Lindalva foi colher uns legume pro cozido que to preparando pra janta, ué...
Cleto – Lindalva tá lá fora??!!!
Jocimário – Que é que tem cunhado? Ela vai lá fora todo dia ué...
Lindalva – Benção pai.
Cleto – Graças a Deus! Deus abençoe todo nós aqui nessa casa. E pra dar uma mão pro pai de todos a partir de agora eu proíbo todo mundo de por os pé pra fora dessa casa!
Maria Rosa – Endoidou homem?
Cleto – Endoidei nada. Trouxe notícia da cidade (Pega um jornal escondido debaixo da camisa) Até comprei o jornal...
Jocimário – Nossa! Que foi que aconteceu?
Cleto – Ta todo mundo morrendo numa tal de pandemia!
Maria Rosa – Uma tal de quê?
Cleto – Pandemia.
Jocimário – Isso aí é conversa do povo.
Cleto – Nada! Ta no jornal! Disse que o negócio ta tão feio, que teve até seleção de futebol desclassificada pra não morrer mais gente...
Jocimário – O Brasil?
Cleto – Nada!
Jocimário – Ainda bem!
Cleto – Bem nada cunhado! Nós somos os mais provavelmente os próximos!
Lindalva – Conta essa história direito pai.
Cleto – Os porco! Ninguém pode mais chegar perto dos porco! São eles que estão matando nós!
Jocimário – Que coisa mais sem sentido cunhado. Meus lindinho nunca vão matar nós!
Cleto – To falando. É a gripe dos porco – gripe suína! Se nós pega a gripe dos porco morre depois de dez dia!
Jocimário – Que bobageira. A gente é que passa gripe pros porco! Eu vou lá agora mesmo ver se a Rosilda melhorou. Ela sim ta ruim...
(Cleto corre pra frente de Jocimário)
Cleto – Já disse que ninguém sai daqui. Nem chega perto dos porco! Ainda mais com a Rosilda doente!
Jocimário – Ai minha nossa senhora! Se essa gripe mata, são os porco que vão morrer!
Cleto – Melhor não chegar perto deles se não ocê pode contaminar eles!
Jocimário – Mais nem nunca! Ninguém chega perto dos porco pra não machucar eles!
Lindalva – Que bobageira pai! Isso é invenção do povo que escreve nos jornal! Eles querem é que nós compra o jornal deles!
Cleto – Ta achando que seu pai é bobo menina? É pesquisa dos doutor de laboratório!
Lindalva – Então é invenção dos doutor dos laboratório pra vender remédio pra nós...
Cleto – Já disse que seu pai não é bobo! Sei quando é coisa séria!
Lindalva – Então por que toda vez que ocê volta da cidade, ocê comprou alguma coisa inútil? Hoje trouxe o jornal, da próxima vez, vai trazer o benegripe sabor bacon, pra curar a gripe dos porco!
Cleto – Ocê larga de ser arredia menina, que leva um coro de marcar gado!
Maria Rosa – Deixa a menina homem. Ela tem a cabeça boa, só quer entender melhor essa história... Por que a gente não lemos esse jornal?

(...)



Jornalista: Em tempos de pandemia viajar se tornou uma atividade de risco, deixando a dúvida: arriscar a saúde ou abrir mão da tão sonhada viagem? Como veremos no próximo caso “Viagens em tempos de gripe”.



(...)



Patrícia: Que mané inconsequente Lola. Você já decidiu quantos biquinis vai levar? (volta a fazer a mala)
Lola: Não, andei ocupada com itens mais úteis (tira máscara da sacola)
Patrícia: É? Tipo o que? (dobra vestidos de verão)
Lola: Tipo máscaras de proteção (coloca na frente do rosto e mostra para Patrícia)
Patrícia: Eu não acredito que você comprou isso. Você pretende usar máscara na praia?
Lola: Eu já decidi que não vou viajar , mas se fosse usaria no avião. Muita gente junta, ar condicionado, se não puder evitar aglomeração então é melhor se prevenir.
Patrícia: A gente pode viajar do lado de fora da aeronave, deve ser mais fresquinho. Será que eles já estão vendendo assentos na asa?
Lola: (entregando máscara para Patrícia) Se você quiser pode ficar com essa, apesar de não ter me convidado para fazer o curso de mergulho...
Patrícia: (pega a máscara e coloca no seio) Se molhar vai ficar transparente.
Lola: (toma a máscara de volta com raiva) Nem todo mundo tem a educação de colocar a mão na frente quando tosse ou espirra. Você nem parece uma pessoa instruída.
Patrícia: Você quer dizer que eu não pareço neurótica.
Lola: (tira álcool da sacola) Eu também comprei álcool em gel.
Patrícia: (tira spray da mala, borrifa no próprio pescoço e no rosto de Lola)) Eu comprei água termal, para me refrescar.
Lola: A madame blindada acha que nenhum mal pode alcançá-la. Só pensa em diversão.
Patrícia: Caramba! Nem parece que você está saindo de férias.
Lola: Eu sou uma pessoa prevenida, eu penso na possibilidade de algo sair errado.
Patrícia: Lola, presta atenção, esse alarde todo é coisa de jornal, que precisa vender notícia.
Lola: (segura jornal no alto) Mas os jornais não saem por aí matando pessoas.
Patrícia: A gripe comum mata mais do que a gripe suína.
Lola: Eu não tô a fim de arriscar a minha vida.
Patrícia: E eu não tô a fim de desperdiçar as minhas férias.
Patrícia abre uma bebida, refrigerante ou cerveja
Lola: Eu prefiro ir para algum lugar que não tenha tanto turista, que não seja tão arriscado.
Patrícia: Sei, um spa para a terceira idade.

TRECHOS DO ESPETÁCULO "GRIPE SUÍNA"

(...)

Jornalista: Essa situação de pânico não se restringe apenas a população civil. O medo também está atingindo os líderes políticos e religiosos. Tentando zelar pela saúde da população, alguns dirigentes chegaram a tomar medidas extremas, como veremos a seguir em “Estado de emergência”.


(...)

O Prefeito cumprimenta o Padre, depois limpa a mão num paninho com álcool e se justifica sem que possamos entender uma só palavra por causa da máscara.

PADRE SIMÃO: Por favor, eu já não entendi nada do que a sua secretária falou. Dá pra tirar isso?
O Prefeito faz sinal que não pode fazer nada.
PADRE SIMÃO: Como vamos conversar assim?
PADRE SIMÃO: Ah, por caridade, senhor prefeito. Eu tenho algo muito, muito sério pra discutir.
Simão tanta se aproximar do prefeito, que recua.
PREFEITO (afastando um pouco a mascara para falar ao padre): Você viu o aquele prefeito do Mato Grosso do Sul? Até o Uribe pegou! Tenho que me cuidar. A cidade precisa de mim, não posso correr riscos.
O padre Simão pega da mesa do prefeito um porta-retrato com a foto de uma adolescente.
PADRE SIMÃO (propositalmente alto): Quem está correndo risco aqui sou eu. A cidade toda sabe que... Todo mundo sabe que foi a sua filha que trouxe a gripe.
O prefeito pega o porta-retrato das mãos do padre e coloca-o em cima da mesa com a fotografia voltada para baixo.
PREFEITO: E daí? Que importância isso tem? Temos 18 cidadãos sob suspeita.
PADRE SIMÃO: No município inteiro...
PREFEITO: Ora...
PADRE SIMÃO: ...sob suspeita há uma semana...
PREFEITO: Veja bem...
PADRE SIMÃO:...e sem nenhuma confirmação?
PREFEITO: Se o senhor veio até aqui só para dizer o que eu já sei...
PADRE SIMÃO: Não perderia o nosso tempo dessa forma. E reconheço a sua preocupação.
PREFEITO: Somos dois homens sensatos.
PADRE SIMÃO: Eu vejo pontos positivos na sua medida.
Prefeito pega uma garrafa de pinga e dois copos.
PREFEITO: São vários.
PADRE SIMÃO: Um período sem festas vai ser bom pra juventude da cidade, sem aglomerações inúteis, sem balbúrdias.
PREFEITO: E muito mais...
Prefeito serve-se de uma dose. Simão põe a mão em cima de seu copo, impedindo o prefeito de colocar uma dose de pinga para ele, num gesto pouco amigável.
PADRE SIMÃO: Infelizmente tem mais. Essa situação inclui... as minhas missas, isso é...
PREFEITO: O senhor pode sim rezar as missas, como não?
PADRE SIMÃO: Com as janelas da igreja todas escancaradas? De porta aberta, com esse frio? Com esse vento gelado do inverno?
PREFEITO: Para isso existem os agasalhos.
Prefeito pega o seu copo de pinga e sorri. O prefeito dá uma bicadinha na pinga.
PADRE SIMÃO: O senhor quer matar as minhas beatas? Ao invés de pegar essa gripezinha elas vão ficar é com pneumonia. Qual a vantagem nisso?

(...)

sábado, 3 de outubro de 2009

Estréia sábado, 17/10 às 18h

De Versão Em Versão estréia seu primeiro texto sobre a Gripe Suína dia 17/10 às 18h na Saraiva MegaStore do Shopping Morumbi. É gratis! Não perca!
Não deixe de ver também sobre os outros temas nos dias 14/11 e 19/12.

sábado, 22 de agosto de 2009

Sarney 14:01 - 31

Não se turbe o vosso coração; credes no Senado, crede também em mim. Na política há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; se me apoiares vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também.
Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado na política, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Minha morada funciona a minha imagem e semelhança. Se não fui eu quem a criou, muito bem poderia tê-lo feito.
Disse-lhe Renan Calheiros: Senador, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Respondeu-lhe Sarney: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem aos atos secretos, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a minha casa; e não é de agora a conheceis, e a tendes visto.
Disse-lhe Wellington Salgado: Sarney, mostra-nos o que fazer, e isso nos basta. Respondeu-lhe Sarney: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conheces? Quem me viu a mim, viu a política brasileira; como dizes tu: mostra-nos a política brasileira? Não crês tu que eu estou nela, e que ela está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo; mas o PMDB, que permanece em mim, é quem faz as suas obras.
Crede-me que eu estou na política nacional, e que o política nacional está em mim; crede ao menos por causa dos meus atos secretos. Aquele que crê em mim, esse também fará os atos que eu faço, e as fará maiores do que estes; porque eu permanecerei na política brasileira. Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Senado, e ele vos dará outro Paulo Duque, para que fique convosco para sempre, a saber, os Atos Secretos, os quais o Brasil não pode receber; porque não os vêem nem os conhecem; mas vós os conheceis, porque eles habitam convosco, e estarão em vós.
Ainda um pouco, e o Brasil não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis. Não vos deixarei órfãos; voltarei a vós. Naquele dia conhecereis que estou na essência da política brasileira, e vós em mim, e eu em vós. Não podem me separar do meu elemento, eu apenas irei por minha vontade ou pela vontade de meu criador.
Perguntou-lhe Lula: O que houve, Sarney, que te hás de manifestar a nós, e não à mídia? Respondeu-lhe Sarney: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meus aliados o amarão, e viremos a ele, e faremos nele morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas culpa do presidente que me enviou. Estas coisas vos tenho falado, estando ainda convosco.
Mas o Ajudador Paulo Duque, a quem o Senado enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito. Deixo-vos a pax, a minha pax vos dou; eu não vo-la dou como a mídia a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.
Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu permaneça na política brasileira. Eu vo-lo disse agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós creiais. Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós.


Por Fernanda Jaber

Desviar dinheiro do patrocínio cultural da Petrobrás, isso não!!!

Logo da arte que quase não tem investimento? Que a lista de acusações é algo impressionante, todos já sabem, mas logo aqui no calo você resolveu pisar? Da educação, da saúde e da moradia já é praticamente regra desviar dinheiro. O nepotismo e as contas em paraísos fiscais são também uma praxe, mas a arte, a cultura? Vai tirar até de onde não tem? Tenho a sensação que esse país vai se acabar, virar pó de tanta ganância.
Tudo bem que é entendível um homem do poder sacar 2 milhões em espécie em um país onde o justo salário mínimo é 400 (que garante uma vida digna e todos os direitos previstos em nossa constituição como laser, moradia, vestimenta, educação, saúde e etc), mas o Robin Hood invertido está começando a abusar. Se bem que, sabendo como terminam esses casos, e sabendo como nossa justiça funciona, talvez eu fizesse o mesmo se tivesse essa competência. Sim, porque é preciso ser muito mais que artista pra se sair tão bem de situações tão complicadas. Como diria Maluf, quando perguntaram-lhe se ele já roubou, “não necessariamente”. Talvez não necessariamente sejamos todos uns idiotas!
Assim como as famílias não necessariamente conversam, Sarney não sabia do fato de terem nomeado em atos secretos alguns de seus parentes. São “atos secretos”, como ele poderia saber, se não tem vínculo algum com isso tudo? Na verdade, acho mesmo que Sarney é inimigo de seu neto e sua sobrinha, sendo assim, como ele poderia saber de suas nomeações?
Isso é uma situação muito estressante, portanto foi feito o correto: recesso pra todo o senado. E disso ninguém pode reclamar, quinze dias a mais de férias, ainda mais sabendo que correm o risco de receber horas extras no recesso, como aconteceu em janeiro (outra coisa que Sarney não se lembra de ter feito). Ou, quem sabe, eles não utilizem a cota de passagens aéreas para custear a viagem de seus parentes no recesso? Sim, porque este é outro procedimento que se tornou usual. Em último caso pode se recorrer a velhos amigos, como por exemplo, o Edmar Cid Ferreira, companheiro de tantas histórias mais antigas...
Mas, como dizem, é tudo “intriga da oposição”. A minha dúvida é somente: quem, exatamente, é a oposição?


Por Luise Cohen

Sarney

Diante de tantas notícias sobre abusos de poder político, eu não sei se me espanto com a surpresa das pessoas ao tomar conhecimento dos fatos, ou se me espanto com a cara de pau dos comandantes da Nação. As duas atitudes me chocam na mesma medida.
Que José Sarney é um político conservador nós já sabemos, que ele colaborou com o regime militar nós também já sabemos. Aliás, foram os militares que indicaram José Sarney para vice de Tancredo Neves.
Infelizmente Tancredo morreu e Sarney assumiu. Durante o seu governo foram feitas inúmeras tentativas de conter a inflação, através de sucessivos pacotes econômicos, todos infutíferos.
Sarney se sentiu obrigado a cumprir algumas promessas feitas por Tancredo, portanto foi durante a sua gestão que, em 1988, o Brasil ganhou uma nova Constituição garantindo a todos os brasileiros direito a saúde, educação, liberdade de expressão e voto.
Lendo as notícias recentes me dou conta de que José Sarney tem agido com total coerência ao seu histórico de vida. Os direitos garantidos ao povo, na constituição, eram ideais defendidos por Tancredo Neves, não pelo seu vice. Ele apenas não podia frustar a massa naquele momento histórico.
Por que cargas d’água, nós brasileiros, esperamos eternamente por um milagre?


Por Nadya Milano